Canastra
canastra Na minha canastra cabe tudo: objetos, memórias, divagações, rabiscos, ideias, projetos. E está bem abarrotada. Aos poucos, estou revisitando-a e vivificando alguns guardados.
A sincronicidade do encontro na curva do rio
Fiquei sabendo da Expedição Baixo Sapucaí na véspera do seu início: 13 de janeiro (sexta-feira).
A notícia me deixou eufórica, feliz. Queria me envolver, participar. Afinal, o rio Sapucaí faz parte da minha vida – nasci às suas margens – e os desbravadores Christian Valias e Ronipeterson Landim Costa iriam fazer parte do trajeto, que há mais de vinte anos, fizemos (por terra) para escrever o livro Sapucaí, o caminho das águas.
Na manhã do sábado (14 de janeiro), início da aventura, entrei na página da Expedição e propus um encontro com a dupla próximo à foz do rio Cervo (afluente do Sapucaí) – era apenas uma referência, pois na verdade o local era mais abaixo da foz, distância que eu não sabia calcular por água e também não sabia se chegaria a tempo. Estava em Pouso Alegre ainda e iria de carro para o sítio de minha família, em terras silvianopolenses, que fica ás margens do rio no local do possível encontro.
Fizemos o trajeto pela estrada de terra, saindo pela Faisqueira, meio que margeando o rio – não proposital, pois meus acompanhantes, até então, não sabiam do possível encontro. Já no município de Silvianópolis, Christian fez o primeiro contato pelo facebook. Havia lido a mensagem e me comunicou que naquele momento estavam cruzando a foz do rio Cervo. Fiquei emocionada! Agora, era contar com a sorte. Faltavam cerca de seis quilômetros para eu chegar no local.
Quando aproximávamos, ainda na estrada, ouvi vozes vindas do rio. Eram eles. Chegamos juntos! Sincronicidade!
Desceram dos caiaques e vieram ao meu encontro. Saudamo-nos, felizes. Christian me apresentou ao Roni. Conversamos. Falamos do rio, do livro, da expedição. A parada foi breve, mas intensa, comovente. E eles se foram. Pela frente tinham mais três dias de navegação. O destino: a foz do rio Sapucaí na Represa de Furnas, no município de Paraguaçu.
E eu fiquei lá a observá-los até desapareceram na curva do rio.
7 de fevereiro de 2017
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